13 de novembro de 2014

Vazios

Eu quero-te a ti. Apenas a ti.
Quero que me embales neste sono efémero, que me cantes para que eu (porventura?) consiga adormecer.
Os teus braços, finos, dóceis, brancos de neve a rodear -me a cintura, o pescoço, todo eu.
Quero-te aqui. Somente aqui.
Quero que te deites sobre estes mantos e te deixes levar pelo vazio, sem pensar, sem recear. Seremos meros amantes, nada mais.
A cada tormento que passa que meu querer se torna em mais querer, em mais desejo de te desejar..
Vem.
Estou aqui, como já sabes que sempre estarei, mesmo quando meu cadáver já se transfigurar em coisa e minha pele não ser mais que pó.
Sente.
Te imploro que me olhes nestes meus olhos negros e tentes (uma mera tentativa vã?) vislumbrar toda a sanidade da qual me apodero em tua virtude.

Já nem sei que mais dizer..Parece que todas as palavras do mundo são insuficientes quando para ti escrevo..Ao dizer te tanto, confesso te tão pouco..
Peço-te que tenhas paciência.
Um dia dir-te-ei tudo o que mereces ouvir, tudo o que mereces que eu te sussurre. Que demore dias, anos, milénios, porém aqui, neste manto, jaz minha promessa de te mostrar o eu.
Apenas te peço que tenhas paciência, uma vez que apesar de te quer aqui, somente a ti, ainda não consigo transformar a distancia em toque nem o negrume em esperança.

7 de novembro de 2014

forever

É tudo uma questão de segundos sabiam? Num momento parece nos que a vida assume o seu correto curso e que nada poderá retirar glória a minha respiração... Todavia, um segundo mais tarde sinto me asfixiar nesta teia escurecida que não me deseja abandonar..
Eu realmente Pensei que estava curada...juro que pensei..
Nao podia estar mais iludida..
De facto, tudo melhorou de formas que,para mim, se afiguravam impossíveis...
Agora apenas faço uma questão: quanto tempo esta boa nova irá durar? É que, por vezes, ainda sinto o inferno em mim a crepitar..