Sustenho a respiração, fecho os olhos, desprezo um duvidante passo e, com hesitações de pareceres fatais, encerro o ritual. Pé ante pé, entre tremores e temores, enfrento o inimigo. Pauso uns momentos e baixo o olhar.
Inspira, expira, inspira, expira, acalma tua ânsia que nada irá mudar.
Paraliso.
Cambaleio.
Processo.
Solto um último esgar e algo em mim quebra, em meu já rotineiro estilhaçar.
Desilusão, nada mais és. Agora, não derrames desculpas, que é fraqueza perdoar.
Sim, rendo-me à voz, enquanto lágrima murmura silêncios e ameaça gritar.
Não, não, não. Não te mostras merecedora de teu chorar.
Todavia, mandamento rotula-se tardio.
Lágrima una multiplica-se em mar, de diamante superfície mas negro âmbar.
Vencida, derrotada, esmagada pela verdade que sou forçada a aceitar, venero um duvidante passo e respiro dolorosamente, preparando a batalha que, embora antiga, ainda se está a iniciar.
-C