Nada sei.
Não sei onde estou, não sei para onde vou.
No meio desta escuridão,não sinto.
Mais aterrador, não me sinto.
O negro existente envolve-me como uma capa. Sufoca-me. Mas já não me incomodo.
É como se tudo se resumisse a isto: desespero. O ar falta, a alma sussura palavras de socorro. Contudo, ninguém escuta a sua fina voz.
Desfaleço contra o espaço vazio onde me encontro. Lentamente, começo a ver um fio de luz, que brilha intensamente. Espiritualmente. A minha alma tende a segui-lo, a adorá-lo. Mas o meu corpo não obedece, não responde, não reage. E assim, apática e a sangrar por dentro, a minha esperança luminosa desvanece-se.